segunda-feira, 2 de novembro de 2009

As 'jihad' de São Bernardo

Creio que desde as assembléias metalúrgicas realizadas no estádio de Vila Euclides no final dos anos 70 São Bernardo do Campo não testemunhava uma concentração tão grande de pessoas num acontecimento em que houvesse uma motivação central. É claro que os trabalhadores, naquela época, lidavam com um assunto muito mais transcendental e histórico – o ressurgimento do sindicalismo de resultados e a inoculação do novo trabalhismo – mas naquele e neste evento que estou relatando agora não deixou de existir um foco central e um interesse coletivo. E é claro também que o carisma do então líder sindical Luís Inácio da Silva era incomparavelmente maior e com mais poder de aglutinação do que o de um simples microvestido cor-de-rosa, mas ambos foram inegavelmente capazes de arrastar multidões.
Para os que ainda não estão entendendo absolutamente nada do que estou dizendo – embora o assunto tenha sido destaque em várias abordagens – um pequeno resumo: na sexta-feira da semana passada, uma estudante do curso de Turismo do campus de São Bernardo da Universidade Bandeirante (Uniban) cometeu a ousadia de ir à aula vestindo uma roupitcha que deixava mais de um palmo de suas exuberantes e roliças coxas expostas à visitação pública e, por isso, provocou quase uma versão tupiniquim das jihad islâmicas.
A moça, de 20 anos, foi perseguida por quase 700 estudantes, confinada numa sala para evitar que se concretizassem ameaças de estupro e de outras violências menores, fotografada em vários e invasivos ângulos, execrada e obrigada a cercar-se da escolta de cinco policiais militares para – com o jaleco de um professor minimizando a exposição de seu corpo – deixar o recinto escolar aos gritos, uníssonos e articulados, de pu-ta!, pu-ta!, pu-ta!
Mais do que discutir a adequação de se usar em ambiente acadêmico um palmo a menos de tecido ou um palmo a mais de coxa à mostra, é imprescindível destacar a inadequação da histeria, da selvageria e da fúria coletivas provocadas por um acontecimento que, teoricamente, deveria passar despercebido em ambientes onde, de novo teoricamente, deveriam prevalecer as mentes ditas iluminadas.
A estudante disse ter viajado incólume de ônibus para chegar à universidade. Ou seja: as pessoas “comuns”, os trabalhadores, as donas de casa, o “povão”, não se incomodaram com a visão de suas carnudas pernas; por que as mentes teoricamente “iluminadas” comportaram-se como torcidas organizadas e partiram para o confronto contra uma adversária que até podia torcer para o mesmo time, mas vestia uma odiosa saia curta?
Recalques, frustrações, desemprego, baixa autoestima... Ouvi de uma psicóloga que o microvestido da estudante foi apenas a válvula de escape da multidão histérica para descarregar sabe-se lá o quê. Válvula de escape ou não, porém, isso tudo – esse precedente – é muito perigoso: justiçamentos, apedrejamentos ou linchamentos (físicos ou morais) não podem ser aceitos como resposta, nem mesmo sob condições de fanatismo religioso, para questões que de uma forma ou de outra fujam de nossos padrões.

Pior ainda se isso acontece numa universidade.

38 comentários:

Blog do Morani disse...

Caro Zanfra:

Essa notícia foi bastante divulgada pela mídia e as consequências geradas, pelo uso de uma saia mais curta que as demais usadas em dias de hoje, foram aqueles comportamentos inaceitáveis de uma horda execrável, sem contrôle emocional - realmente, muitos fatos concorrem para a falta de bom senso,consoante o que o amigo ouviu de uma psicóloga -, como feras prontas a se jogarem sobre sua presa devorando-a (estou quase certo de que esse era o objetivo da maioria dos nossos "lúcidos" rapazes universitários), tal foi o impacto causado pelas roliças coxas da jovem filha de um metalúrgico. Que Brasil é esse, meu amigo? Que gente é essa, que frequenta universidades, mas agem como se frequentassem "Escolas de Crimes" ou os mais baixos lupanares das megalópoles? Onde está a liberdade individual, o direito às escolhas mais simples e o de ir e vir? Válvula de escape? A quais situações são eles direcionados? Ao desemprego? Às poucas oportunidades profissionais? Justiçamento gratuíto? Às desilusões existenciais ou às insatisfações ao governo atual do nosso Brasil?
O seu comentário está completo em si mesmo, mas creio que devemos exigir às nossas autoridades respostas a esse quase linchamento da jovem que ousou mostrar seus atributos físicos, que espero sejam iguais aos de seus atributos intelectuais.

Marco Antonio Zanfra disse...

Aliás, se os atributos intelectuais equipararem-se aos físicos, Morani, a menina vai se formar com louvor. Hoje, ela compareceu a um programa matinal da Record com uma blusa decotada e mostrou que não é apenas um par de coxas.

Gleydson disse...

Ahhh... O detalhe, Zanfra: isso não aconteceu em um "interiorzão brabo" nem em terra de "coroné". Aconteceu na rica, cultural e avançadíssima São Paulo, a querida de todos os holofotes.

Claro que estudante quer mais é estar no meio da zoeira mesmo, mas o "coral" que a moça escutou na saída foi algo digno das histórias que a gente lê nos livros sobre Roma antiga.

Fico imaginando se alguém toma as dores da moça (naquele momento) e sai pra fazer alguma me**a. Vixe...

Abraços!

Cintia disse...

Fiquei de boca aberta ao assistir aa cena! Quanta prepotencia se achar na posicao de julgar e condenar a garota pelo vestido que usava! Naquela horda tinha um monte de mocinhas recalcadas e ameacadas pelas coxas da estudante ou ou monte de rapazes que foram rejeitados por ela - ou os dois juntos, mais um monte de mentalmente fracos, desses que explicam a existencia do fanatismo..
Que horror! Espero que ela capitalize em cima disso e de a volta por cima.

Cintia disse...

Agora.. como a coisa comecou? Considerando que a imprena ja estava la..

Se eles não gostam....... disse...

Quem organizou tamanha demonstração de boiolagem foi o GRÊMIO(Grupo de Recusa Extrema de Mulheres Insinuantes e Ostensivas) em associação com integrantes de um grupo,mais radical ainda,quase nazistas,os "Deixa que eu sento nos Carecas do ABC".Se me permite,caro irmão,e como não poderia deixar de ser,valorosos Zanfra,admiradores do belo sexo oposto,gostaria de deixar meu celular para contato,da ofendida,é claro.

Marco Antonio Zanfra disse...

Tá certo. Podemos disponibilizar uma relação de celulares de pessoas - não importa o sexo, claro - dispostas a prestar solidariedade à moça. Os Zanfra, por uma questão óbvia (tô para ver gente mais solidária com moçoilas necessitadas), estarão encabeçando tal lista.

Marco Antonio Zanfra disse...

Cíntia: Não creio que a imprensa já estivesse lá. Sei que a Uniban tem curso de Jornalismo (não sei se naquele campus), mas com um celular na mão todo mundo hoje dá uma de repórter. Pelas imagens que a gente viu, foi tudo coisa de "cinegrafista amador".

cilmar machado disse...

Não se admirem se em breve a moça estiver nas páginas da Playboy, como aconteceu com a fogueteira do goleiro Rojas, lembram-se? Na revista, poderá mostrar toda sua magnitude física e o público comprador do magazine será talvez o mesmo que a execrou dias atrás. Tem razão a psiquiatra Karen Horney ao revelar, desde 1941, a força do chamado inconsciente coletivo, que explica mas não justifica tão irracional atitude dos universitários.
Registre-se aqui também o grande senso de observação do Zanfra ao perceber que a moça, durante entrevista à TV, usando uma blusa decotada, demonstrava muito mais atributos além de suas roliças coxas... ETA cara bão, sô!.... rs rs rs ...

Unibam-do disse...

Coitada das mãezinhas daqueles idiotas:"Meu filho(a) estuda na UNIBAN,faço das tripas corações para pagar aquela mensalidade.Mas vale a pena.Estou preparando um cidadão melhor para a vida.A universidade abre a visão da gente,prepara para o futuro"Enquanto isso no Campus,cheio de erva do diabo na cabeça...."Pu-ta,Pu-ta.....Certamente,hoje é um feriado especial para a UNIBAM.Que sua imagem descanse em paz..

Uma visão de futuro disse...

Aproveitando a enorme repercussão da insanidade de seus alunos com sérios problemas sexuais,a UNIBANDO,decide ampliar seus horizontes e campus.Já estão em estudos a construção de dois outros campus:Um em Campinas e outro em Pelotas.O processo seletivo substituirá o ultrapassado vestibular,sendo realizado através de um concurso de carros alegóricos para desfile em data oportuna na Av Paulista.

Psicologia de boteco disse...

Caro irmão,desculpe-me pelos comentários.Sei que a coisa não passa por aí,e,longe de mim banalizar a discussão sobre os fatos ocorridos na UNIBANDO nesse conceituado blog.Mas a coisa foi tão horrenda,que só comentando horrendamente.Alguns sociólogos ou psicólogos de plantão certamente já estão analizando o comportamento insano,imbecil.Parecia uma matilha atacando uma "cachorra" sarnenta.Todos mordendo sem saber o porquê.E corrigindo o comentário anterior:"já está em estudos".

José Luiz Teixeira disse...

Pois e, Zanfra, o povo - sim, o povo - brasileiro é muito, muito atrasado. Há algum tempo, uma moça quase foi apedrejada no Riop por fazer topless na praia.

Marco Antonio Zanfra disse...

Cilmar: Anos e anos de observação atenta nos permitem lavrar as riquezas mais recônditas das senhorinhas. Não é pois mérito meu descobri-las quando essas opulências, digamos, saltam aos olhos.

Assis Ângelo: disse...

Muito bom, Zanfra, sabaer que você continua antenado com tudo o que acontece ao nosso derredor. Isso é bom pra todos nós, seus leitores. Pois além de descarregar informações, suas antenas agudíssimas descarregam sobre nós necessaríssimas opiniões. Bom, muito bom. Quanto ao episódio aí,totalmente lamentável; inslusive porque parte de onde menos esperamos: o ambiente de formação dos cabeções, não é mesmo? O que nos espera mais além, hein? Os indícios mostram hoje que continuamos num processo aceleradíssimo de involução da raça. Que fazer? Sabe o que acho? Acho que os professores de todos os estágios de ensinamento ou aprendizagem deveriam passar por uma rigorosíssima reciclagem, pois os alunos são seus espelhos. Sim, o povo tem a nos ensinar.

Blog do Morani disse...

Zanfra, Cíntia, Cilmar, José Luiz e demais comentaristas:

Ela vencerá! Ela vencerá! Ela Vencerá! Talvez a Aldeia Global a chame a participar de mais um estúpido BBB. Quem assistir - no caso de ela ser convidada - verá todos os seus atributos acima dos quadrís e, espero, dentro de sua cachola, viu Zanfra? Quem sabe, hein, meu caro amigo, haja um leque de atributos que ela agora não deseje mostrar?

Marco Antonio Zanfra disse...

Na "Playboy", tudo bem - já imagino até a capa: "Tiramos o vestidinho cor-de-rosa de Geyse" - mas no BBB seria demais para a cabecinha já conturbada da moça!

fábio mello disse...

Poxa, num país em que as pessoas andam praticamente peladas, isso não deveria acontecer.

Eu nasci nos anos 60, na mesma época do advento da minissaia. E posso garantir que elas eram, naquele tempo, um pouco mais cumpridas que um babador.

Depois, nos anos 70, surgiu a tanga.

Em seguida, o fio dental.

Não sei o que se passou na cachola dos gargajolas da Unibam - agora jocosamente chamada de Unibambi.

Será que por ser a moça uma falsa loira? Não ser assim, digamos, de rosto, tão deslumbrante? Há um quê de preconceito?

Não sei. Fico imaginando o que será desses imberbes se forem passar as férias na praia. Certamente vão ver muitas loiras com "as coisas" de fora. Sei não, mas acho que essa turma de onanistas ficaria só na fase da "justiça com as próprias mãos". Porque chegar numa garota, acho que eles não têm as manhas. Um dias eles aprendem.

Marco Antonio Zanfra disse...

Só uma ressalva ao seu comentário, Fabião: o nome "Unibambi" já foi reservado para a nova unidade que a Universidade Bandeirante pretende montar no Morumbi, ali pertinho da praça Roberto Gomes Pedrosa.

Vico disse...

Ah, mas isso elas sabem fazer muito bem. Provocantes e inacessíveis. Insinuantes e gélidas. Para os caras sentirem o cheiro, mas não a textura. Para os caras olharem com os olhos e lamberem com a testa. Ou, como se dizia antigamente, mostrar para um e dar para o outro. Acho até que entendo a reação dos homens - eu disse homens? - da Uniban, diante daquela visão carnal: tão perto, ao alcance da mão, mas tão distante ao toque. Como a raposa, para quem as uvas inacessíveis tornaram-se verdes. Já que não podem tê-la, desprezam-na, agridem-na, desdenham-na...

Marco Antonio Zanfra disse...

Ou, em outras palavras: se não é para deixar a gente chegar junto, não fica aí se exibindo, pô!

Serafim disse...

CARO ZANFRA

Será que a UNIBAN tem curso de Publicidade e Propagamda?

Abraços

Kafka disse...

Gente, vocês viram aquela faculdade?! Parece Alcatraz! Cheia de galerias com celas! Aposto que entre as aulas alguém aperta um botão e abre todas as grades, eheheh. Agora, a dúvida: a sala da moça ficava no térreo ou num andar superior? será que ela foi obrigada a subir as escadas e as rampas com aquele vestidinho? será que ela estava usando calcinha?
Por causa do escarcéu todo, nunca é demais perguntar, eheheh.

fábio mello disse...

Eu tenho outra ressalva, meu caro Marcão. Sapequei um "cumprida". Em sinal de contrição, estou ajoelhado no milho.

Marco Antonio Zanfra disse...

Em sinal de contrição, o São Paulo vai apanhar do Grêmio hoje lá no Olímpico.

Ricardo Câmara disse...

Prezado Zanfra;
Isso é o que se chama de o efeito do invento de Mary Kant oriundo dos anos sessenta, repercurtindo no século XXI, ganhando até do "fio dental".Tão logo a estratégia da loira de pernas torneadas surtirá efeito estampada nas bancas de revistas pelo país inteiro, assinando contrato para comerciais de TVs,tornando-se atriz de novela, cinema, enfim, pé-de-meia garantido!acredita-se que essa foi o objetivo da linda jovem, que pernas!Agora o que não se justifica aquela turba de manés exacrar a menina com palavras torpes.O que é bonito tem que ser apreciado, contemplado e conquistado com moderação.Aquela cena revelou a falta de compostura e comportamento dos estudantes inseguros dos homenens que não souberam conter a libido, preferindo se acabar na mão de colher-de-pedreiro enquanto as mocinhas lamentaram não ter a coragem de exibirem suas pernas conforme a protagonista da cena estudantil.

Fabiano Marques disse...

Moquirido, tudo bem. Andei sumido porque o bicho tá pegando.
Agora, quanto ao teu texto, sempre de bem com a palavra, parabéns.
Acho que nunca vou entender o que houve com aquela galera de retardados de São Bernardo.
Nem vou buscar explicação para a atitude debilóide.
Agora, o fato é que os idiotas de plantão só fizeram isso porque ainda acreditam na simbologia da mulher objeto.
abrassssssssss

Eliz disse...

Oi Zanfra,

É lamentável que estudantes universitários se mobilizem para realizar tal espécie de protesto, com tantos outros relevantes, como por exemplo a qualidade do ensino nos cursos universitários por exemplo.

Blog do Morani disse...

Com tantos ótimos comentários sobre a "Moça de rosa" (dá pra escrever um ensaio), eu não pude deixar de retornar a esse espaço tão lido, por ser bom demais, para um pequeno comentário ao Ricardo Câmara, Kafka (És, por ventura, o JG?), Vico e Fábio Mello, conquanto já tenham sido respondidos pelo proprietário Zanfra, que toda semana nos dá o prazer de escrever. Todos vocês foram ótimos nas abordagens, mas o Ricardo Câmara e o Fabio Mello foram mais longe. Disse, recentemente, uma psicóloga que "homens virís reconhecidamente héteros, procuram hoje em dia os travestís, por serem eles mais feminís que as próprias mulheres".
Será que o bando da Uniban está incluído nessa "gang" de "enrustidos"? É Zanfra: o BBB poderia explodir a cabecinha da nossa loura exuberante, mas sabe-se lá?

Marco Antonio Zanfra disse...

Pois eu discordo dessa psicóloga: qualquer homem "reconhecidamente hétero" vai perder o encanto com a "feminilidade" de um traveco ao ouvir a voz de Pato Donald dele. Não há hormônio que transfigure o projeto original: neguinho que nasceu homem não vai se transformar em mulher nem com intervenção cirúrgica. E viva as mulheres, mesmo sem - ou principalmente sem - vestidinhos cor-de-rosa!

Vico disse...

Grande Zanfra! Assino embaixo. Viva as mulheres! Dizem os sábios que, depois do terceiro ou quarto copo, todas elas são deusas.

Gennara Vitti disse...

Quanto machismo!
Tinha resolvido não participar dos comentários desta semana, porque tinha certeza de que iria descambar para o chauvinismo, mas não consigo ficar calada depois dessa "chave de ouro". É a base de pensamento de todo machista: "eles" precisam de álcool para "encararem" as mulheres feias, transformando-as em "produtos aceitáveis", mas se acham "aceitáveis" - ou melhor, "desejáveis", "insubstituíveis", "tudo o que elas pediram a Deus" - em qualquer circunstância. Como se as mulheres fossem "obrigadas" a aceitá-los como a única empada azeitonada, a última Coca Cola no deserto, a única sombra do meio-dia.
Ora, assim como os homens, as mulheres também têm critérios de seleção, não aceitam, por serem "seres inferiores", qualquer coisa que se lhes apresentem só porque essa "qualquer coisa" é homem. Precisamos parar com isso. Chega dessa visão de que a mulher é mercadoria que pode ser aceita, mesmo com um ou outro defeitinho de fabricação, desde que o preço seja mais em conta. É por causa de pessoas que pensam assim que acontecem coisas desagradáveis como a hostilidade a essa estudante: por ser "inferior", ela não poderia jamais desafiar a supremacia do homem desfilando suas pernas de fora se não fosse para oferecer-se fisicamente a cada um deles! Basta!

Marco Antonio Zanfra disse...

Como diria o Cássio, da novela Caras & Bocas, "tô rosa chiclete" com esse comentário...

Unknown disse...

Meu caro Zanfra acho que a palavra chave do caso é VALORES.

Sem VALORES o conhecimento vai pelo ralo. A sociedade brasileira é carente de valores como tolerância, respeito, disciplina, etc. Quando um grupo sem noção do significado dessas palavras se junta, o resultado é quase sempre desastroso. O anonimato (de certa forma)produz comportamentos inaceitáveis, porque falta valores referenciais.
Se transportarmos essa situação para o trânsito, veremos que escolaridade, poder econômico, idade, sexo, tem pouca importância no direcionamento de diversas ações. Porque o que precisa ser melhor trabalhado são alguns VALORES.

Um abraço,

Jacinto.

Marco Antonio Zanfra disse...

Pelo que entendi, você disse que se a loura de vestidinho cor-de-rosa estivesse ao volante a situação ficaria ainda pior?

Blog do Morani disse...

Eita, Gennara Vitti! Foi muito boa resposta do Zanfra, mas não tiro a sua razão. Acredito piamente não haver um laivo só de "machismo" por parte do Vico. Quatro ou mais copos não farão diferença alguma, se a mulher for interessante não só fisicamente. Mulher é mulher, sempre!Ou a Gennara Vitti tem alguma coisa contra uma afirmação de somenos importância? Agora, o travesti, Zanfra, muda até mesmo o timbre de sua voz. O amigo não vê nas TVs. essas muitas falsas "mulheronas" de gestos e falas efeminadas? Pois é... Quem as apresenta muito é o programa da Luciana Gimenez. Está dando pano às mangas, esse seu comentário, hein? Ta que tá, meu amigo!

Cintia disse...

E, como nao podia deixar de ser, a Uiversidade concluiu que Geyse foi culpada pelo tumulto e palas reacoes dos alunos deciciu expulsa-la do quadro de alunos.
Que original!! Como uma mulher que, ao chegar, em casa surpreendeu o marido na maior conjuncao carnal com a baba no sofa da sala.. Depois de muita consideracao, resolveu trocar de sofa!

Marco Antonio Zanfra disse...

É isso: a universidade deixou de ser um núcleo do iluminismo, da universalidade, um centro irradiador de cultura, debates, idéias. Tornou-se um guichê arrecadador. E o episódio do microvestido, por sua divulgação, acabou se tornando uma ameaça ao capital de giro.
"O espaço que deveria promover a discussão está tendo atitudes simplificadas e autoritárias. Para a universidade ser intolerante em questões de moralidade neste nível é porque ela está completamente desvirtuada do que deveria ser", resumiu a professora Samantha Buglione.
Já havia sido um desastre o que os estudantes tinham feito com ela. A Unibam conseguiu transformar o desastre em calamidade.