quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Mulheres em extinção

Até lá provavelmente já estarei morto – acredito em minha própria longevidade, mas creio que três mil anos é um pouco de exagero – mas confesso que fiquei preocupado com o estudo elaborado pela ONU, e publicado pela revista “The Economist”, que aponta a mulher como animal em extinção.
A razão para o desaparecimento é muito simples: as mulheres em idade fértil não estão gerando filhas suficientes para substituí-las. Portanto, não havendo uma reversão desse quadro de fertilidade, o número de bebês do sexo feminino será cada vez menor, cada vez menor, até a completa extinção do ainda chamado – pelo menos por mim – sexo oposto.
Um exemplo dessa marcha inexorável rumo à masculinização da humanidade está em Hong Kong, um dos 83 países ou territórios pesquisados. Lá, pelas taxas de fertilidade atuais, um grupo de mil mulheres daria à luz 547 meninas, que por sua vez gerariam apenas 299 filhas, que por sua vez etc. - e assim por diante, até que a população feminina de Hong Kong, hoje de 3,75 milhões, alcançasse o número expressivo de apenas uma representante, a ser parida no ano de 2.798. Ou seja, daqui a somente 787 anos.
Meus quatro ou cinco leitores do sexo masculino podem tranquilizar-se um pouco, porém, porque a situação no Brasil não é tão dramática. Por aqui, neste país tropical abençoado por Deus e bonito por natureza, a última mulher deve nascer apenas nas proximidades do ano 5 mil, o que garante uma carência ainda bastante grande para desfrutarmos das delícias da espécie.
Mas, depois disso, o caos.
Provavelmente só será possível “amar uma mulher sem orifício”, como já antecipou o visionário Chico Buarque, ou liberar geral, sem pruridos, melindres e preconceitos, como muitos já andam fazendo. Ou, ainda – e aí vão duas opções também bastante consideráveis – dedicar-se à purificação da alma ou aos esportes individuais.

7 comentários:

Anônimo disse...

Sempre desconfiei que as tetas masculinas um dia ainda seriam úteis.

abs
jluiz

fábio mello disse...

Terrível.

Blog do Morani disse...

É isso ai Zanfra:

Encontramo-nos ainda à mesma estrada de sempre. Meus próprios blogs aguardam minha intervenção. Não foi por preguiça ou desinteresse; foi por necessidade. Mas, bem: se aí em Floripa faltam mulheres, acho bom vocês mudarem a residência. Friburgo sempre foi cidade de muitas mulheres, e ainda continua assim.Para cada homem, cinco mulheres. Estará a cidade mantendo esse número? Desconheço. Já casei a primeira vez e descasei; casei novamente e com isso baixei as estatísticas das mulheres livres, contudo, ainda sobram muitas. Quem se arrisca?
Abraços.

Anônimo disse...

Prezado Xanfra
Prefiro fazer parte da "espécie" wm wxtinção do que fazer parte dessa estatística apresentada por Morani, no comentário dele.É osso
bjusssssss
sonia carotta

cilmar machado disse...

Essa pesquisa, de suma importância, feita pela ONU, pode se transformar em mais uma previsão apocalíptica: o mundo irá se acabar em 2 798, porque as mulheres já não mais existirão. E o mundo, sem mulher, não existe!... rs rs rs

Bob Aguiar disse...

Zanfra!
O Morani disse que lá na terra dele a proporção é de 5 x 1...aqui na terra da garoa a proporção sempre foi de 7 x 1...arreda dai estatística vamos manter a proporção paulista!!!!

Marco Antonio Zanfra disse...

Em Florianópolis, então, deve ser 18 por 1...