terça-feira, 21 de agosto de 2012

Caminhando e cantando

Sempre gostei de caminhar, desde criança. Morava a um pouco menos de cinco quilômetros do Pico do Jaraguá e fazia o trajeto de ida e volta, a pé, pelo menos duas vezes por semana. Quando adulto, minhas incursões pelo pedestrianismo tornaram-se mais constantes, mas por uma razão menos nobre: ia dormir bêbado, acordava muito cedo, e fazia da caminhada quase compulsiva um freio para a ansiedade e o salvo-conduto para que meu organismo tentasse recompor-se um pouco, antes de começar a beber de novo.
Depois que parei de beber, não parei de andar, entretanto. Cinco quilômetros por dia é um parâmetro aleatório, mas é mais ou menos isso que cumpro regularmente – não de uma tacada só, mas de caminhada em caminhada. Todos os caminhos que não sejam exageradamente longos eu prefiro fazer a pé, a uma velocidade média de seis quilômetros horários, que é um ritmo a que me corpo acostumou-se já há um bom tempo.
Pois leio na Folha de hoje que caminhar é tão bom quanto correr – ou melhor ainda, já que não expõe o andarilho aos impactos que a corrida oferece ao corredor. Quem tem o hábito de caminhar regularmente, assim como eu, a uma velocidade de seis quilômetros por hora – também assim como eu – acrescenta melhoras à circulação sanguínea e diminui os níveis de colesterol, consequentemente prevenindo doenças cardíacas. A caminhada também é boa para prevenir o diabetes e as alergias, além de determinados tipos de câncer, segundo o jornal.
Há quem encare a caminhada como “esporte de idosos”. Não é por aí, digo eu. Já foi “esporte de bêbado que não via a hora de rever a garrafa” e agora é apenas um hábito. Saudável, claro. É óbvio que meu tipo físico ajuda, mas será que os baixos índices de colesterol, triglicerídeos e glicose no meu sangue não se devem também a meus cinco quilômetros diários de bate-perna?

5 comentários:

Mário Augusto de Moraes Machado disse...

Caminhar é preciso, assim como "navegar foi preciso" nas viagens de descobrimentos das Américas. Pois bem: por minha idade, não pago passagens de ônibus municipal e intermunicipal, se as cidades forem próximas a que eu vivo. Contudo, não uso desse privilégio. Prefiro as caminhadas ao transporte urbano. Sinto-me mais à vontade; a liberdade
é maior, e assim uno o útil ao agradável. Minha cidade é de montanhas.
Não se descortinam paisagens amplas como é em Fpolis. Portanto, aproveite o máximo, se possível, as caminhadas pelas dunas da Lagoa da Conceição. Estaremos desintoxicando nossos organismos das bebidas ingeridas em exagero. Já bebi muito, em casa, mas era um consumo de cervejas (5 latas pela manhã, enquanto fazia o almoço), cachaça e
uísque e vida sedentária. Bateu e valeu: hipertensão crônica, coração desregulado, rins em pandarecos (já perdi um) e, por causa desses sintomas crônicos, má circulação e suas implicâncias, que os seguem Hoje, só bebo vinho do Chile, tinto, seco, misturado à água: dois
dedos de vinho e quatro de água! O meu falecido nefrologista foi enfático: "o senhor não beba vinhos nacionais, por favor. Se optar pelos vinhos, que sejam importados". Ainda bem que o vinho Santa Helena tem o mesmo preço de um nacional de boa qualidade. É isso: caminhar, vencer quilômetros e se sentir bem.

cilmar machado disse...

Lendo os comentários do Zanfra e do companheiro acima, sinto-me um tanto quanto envergonhado, pois levo uma vida terrivelmente sedentária. É óbvio que a hipertensão se manifestou, mas tenho alguns coelhos na cartola: não fumo, não bebo e tenho uma vida metódica e regrada. Com isso, continuo com meus quilinhos a mais, sem muitos problemas de circulação. Pau velho não endireita mais, principalmente depois dos setenta, como eu...

Marco Antonio Zanfra disse...

Contra o sedentarismo, Cilmar, só bebendo mesmo! Água, de preferência!

Anônimo disse...

Prezado Zanfra
Sim....a caminhada é um excelente remédio para controlar o trio parada dura: glicose-triglicérides-colesterol.Aliás, você me fez lembrar que este é oo único remédio de que não disponho,acredite, por pura preguiça.
bjussssssssssssss
sonia carotta

Anônimo disse...

Eu também sempre gostei de caminhar, e como meus pais são médicos de nefrologia, eles sempre tentaram me levar num caminho saudável com muita atividade física e boa alimentação. O que mais adoro é andar pela praia.