Onde é que já se viu?!
Chamar “a mãe de vossa excelência” de “uma senhora de poucos, quase imperceptíveis atributos morais”, tudo bem! Chamar o próprio “vossa excelência” de “um cachorro pulguento, safado, indigno do osso que está roendo”, também tudo bem! Mas questionar a convicção do “nobre colega” com um adjetivo metonímico que não deixa dúvidas quanto ao seu significado, ah, aí a coisa pega! Chamar alguém de “clodovil”, principalmente se esse alguém não tem qualquer intimidade com tesouras, linhas e dedais, é motivo para um duelo ao crepúsculo.
Ou para cassação por quebra de decoro parlamentar...
Na Câmara Municipal de General Salgado (SP), os vereadores optaram pela segunda alternativa, já que a praxe de lavar com sangue a honra ultrajada já há muito deixou de constar da pauta do dia. Com isso, o vereador Célio dos Santos Gambi – que em outubro emprestou a seu colega Marcos Antônio de Alencar o nome de batismo em questão – teve seu mandato cassado no final da semana passada e deixou seus 237 eleitores chupando o dedo.
Seis dos nove vereadores do município entenderam que a conotação foi pejorativa e teve cunho sexual. Gambi diz que não: chamou o colega do PTB de “clodovil” por seu temperamento “nervoso e explosivo”.
Tá certo. Todo mundo tem o direito de se defender. Mas responda depressa: se alguém te chamar de “clodovil” na rua, você vai entender como...
a) ... um elogio ao seu bom gosto pessoal, porque você costuma se vestir bem?
b) ... um tributo à sua capacidade de defender com unhas e dentes seu ponto de vista, doa a quem doer?
c) ... um reconhecimento a seu porte altaneiro, digno de um tribuno que vai levar o País ao Primeiro Mundo, mais cedo do que se espera?
d) ... exatamente aquilo que entenderam os vereadores de General Salgado, a população de General Salgado, a população das cidades vizinhas a General Salgado, a imprensa nacional, os políticos brasileiros e, provavelmente, o próprio Clodovil Hernandes?
e) ... falem mal, mas falem de mim...
Até o fechamento desta edição, o dono do nome considerado pejorativo não havia se manifestado a respeito.
Chamar “a mãe de vossa excelência” de “uma senhora de poucos, quase imperceptíveis atributos morais”, tudo bem! Chamar o próprio “vossa excelência” de “um cachorro pulguento, safado, indigno do osso que está roendo”, também tudo bem! Mas questionar a convicção do “nobre colega” com um adjetivo metonímico que não deixa dúvidas quanto ao seu significado, ah, aí a coisa pega! Chamar alguém de “clodovil”, principalmente se esse alguém não tem qualquer intimidade com tesouras, linhas e dedais, é motivo para um duelo ao crepúsculo.
Ou para cassação por quebra de decoro parlamentar...
Na Câmara Municipal de General Salgado (SP), os vereadores optaram pela segunda alternativa, já que a praxe de lavar com sangue a honra ultrajada já há muito deixou de constar da pauta do dia. Com isso, o vereador Célio dos Santos Gambi – que em outubro emprestou a seu colega Marcos Antônio de Alencar o nome de batismo em questão – teve seu mandato cassado no final da semana passada e deixou seus 237 eleitores chupando o dedo.
Seis dos nove vereadores do município entenderam que a conotação foi pejorativa e teve cunho sexual. Gambi diz que não: chamou o colega do PTB de “clodovil” por seu temperamento “nervoso e explosivo”.
Tá certo. Todo mundo tem o direito de se defender. Mas responda depressa: se alguém te chamar de “clodovil” na rua, você vai entender como...
a) ... um elogio ao seu bom gosto pessoal, porque você costuma se vestir bem?
b) ... um tributo à sua capacidade de defender com unhas e dentes seu ponto de vista, doa a quem doer?
c) ... um reconhecimento a seu porte altaneiro, digno de um tribuno que vai levar o País ao Primeiro Mundo, mais cedo do que se espera?
d) ... exatamente aquilo que entenderam os vereadores de General Salgado, a população de General Salgado, a população das cidades vizinhas a General Salgado, a imprensa nacional, os políticos brasileiros e, provavelmente, o próprio Clodovil Hernandes?
e) ... falem mal, mas falem de mim...
Até o fechamento desta edição, o dono do nome considerado pejorativo não havia se manifestado a respeito.
12 comentários:
Nem vais com certeza meu caro colega Zanfra.
Pois se assim ele o fizer, terás que atendê-lo e como sabes ele gosta de sofrer. Terás que fazer muita força, para que ele sinta dor.
Porém,na verdade, como não sei se és chegado ao sistema de vida de "S.Exa". o Clodô, talvez.....
Abraços e se for o caso, sucesso...
Realmente, difícil definir o que é considerado ofensa entre nossos políticos. Mas, certamente, chamar alguém de "cachorro sem-vergonha" tem um tom muito menos jocoso do que xingá-lo de "clodovil".
Bruno
Pela cara do Clodovil, parece que alguém o chamou de "clodovil", eheh!
:)Jéssica Burande, SP
Po, primo.. meu comentario estava tao ruim que vocce preferiu nao publicar?
Que comentário, dona Cíntia? Eu não exerço qualquer poder de veto sobre o que as pessoas escrevem. Ao contrário de muitos por aí, eu nãi filtro o que os outros escrevem no meu blog. Se você escrever e não houver nenhum acidente de percurso - falha de tecnologia, por exemplo - seu comentário sai na íntegra.
coitado do cachorro pulguento. hehehehehehehehehehe
Bom...
Acho q se alguem me chamar de Clodovil, vou ser obrigado a concordar com a alternativa D!
Tanta coisa com o que se preocupar nao é?
Será que nesta pequena cidade não existem problemas? Tudo lá é perfeito?
Mas, fazer o que né?
Acho que nossos politicos, na grande maioria, são uns "Clodovis", alguns ainda escondidos, ou como se diria na rua "enrustidos".
Abraço,
André Campos
Ah, so pra sacanear:
Prefiro ser chamado de Clodovil, do que Corinthiano, Avaiano ou Flamenguista!
Rrsrsrsrsr
Abraço
André Campos
...ou...
Prefiro ter um filho veado a ter um filho clodovil!!!
Como a gente dizia quando era crianca: "Clo para os intimos, vil para os inimogos e do pra todo mundo"
E a gente que chamava um vizinho de Santelmo.. (so os velhotes saberao o que quer dizer..)
Eu sei por que o chamavam de Santelmo. Serei um desses velhotes de que você fala?
Sim, velhote... assim como eu!.. Eu jurava que o nome dele era esse mesmo! Que mancada! Ja imaginou: "-Bom dia, Sr, Santelmo!.."
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