segunda-feira, 30 de junho de 2008

Vinte e cinco anos depois...


Nesta quarta-feira, 2 de julho, eu tinha planos de fazer uma grande feijoada para reunir todas as pessoas que, há vinte e cinco anos, estiveram presentes na feijoada que marcou a festa de meu casamento. No dia em que comemoro bodas de prata, queria de alguma forma reviver o clima da festa que marcou o evento original: o mesmo cardápio, os mesmos convidados... Mas algumas razões de ordem prática impediram este meu sonho de flashback:
1 – nem todas as pessoas presentes ao meu casamento estão vivas;
2 – como me casei em São Paulo e moro hoje em Florianópolis, reunir todo mundo de novo seria uma missão em que incidem todas as dificuldades de um encontro interestadual;
3 – quem, hoje em dia, tem dinheiro para bancar uma feijoada para mais de vinte pessoas?
Frustrações à parte, chego aos vinte e cinco anos de casamento menos idoso do que pensei que chegaria. Aliás, à medida que o tempo vai passando, nossos conceitos de velhice vão sendo readequados. Quando eu era criança, tinha sérias dúvidas se estaria vivo para recepcionar o século XXI: achava que, aos 44 anos, estaria decrépito demais – caso não estivesse morto – para interagir com os robôs e carros voadores que estariam à minha disposição, como indicavam os Jetsons. Hoje, acho alguém de 44 anos um garotão na flor da idade.
Da mesma forma, as bodas de prata. Quando me casei, aos 27 anos, achava que passsaria o aniversário de casamento me alimentando de papinha, caso a união sobrevivesse tanto. É certo que o tempo deixou lá os seus sinais – como se pode ver na comparação crítica e impiedosa das fotos no alto da página – mas ainda dou para o gasto: estou lúcido, não uso fralda geriátrica (ainda) e consigo trocar lâmpadas em casa sem me arriscar a uma torção lombar.
Quanto à longevidade do casamento, o que dizer? Conheci dezenas de jornalistas que se casaram dezenas de vezes, alguns deles ainda hoje novamente na fila de espera. Ou seja: conheço jornalistas o suficiente para saber que a estabilidade conjugal não lhes é algo intrínseco. De minha parte, como fiel representante da raça, sei que o mérito de chegar onde cheguei não é meu, mas dessa santa criatura que, iludida pelos meus cabelos então encaracolados, por cima de uma cabeça que parecia criativa, acabou recebendo como prêmio a incumbência de aguentar minha rabugice por tanto tempo.
Os cabelos mudaram e a criatividade vem sendo tocada à base de gambiarras. Mas o que permance intacto é o respeito e a paciência que dona Mary tem dedicado a este ser irritante, impaciente, agressivo, intempestivo e intolerante que ela escolheu para marido.

14 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns a vocês dois....
Eu não fui no seu casamento, não conheci seus cabelos cacheados, mas conheço um pouco da sua impaciência, da sua intempestividade e talvez um pouco da sua intolerância.
Realmente a Mary merece um prêmio. Não! vocês dois merecem, pois apesar de todas as forças que remaram contra, os dois juntos,agora comemoram 25 anos de união.E isso não é para qualquer casal.
Felicidades, saúde ,paz e harmonia aos dois.
Rosângela (colega de trabalho do Zanfra)

Anônimo disse...

Zanfra, Parabéns!!!! Diga a sua esposa que ela já tem um lugar no céu :)
Ab,
Keila

Unknown disse...

COITADO DA DONA MARY....
SANTA NÃO SE ENCONTRA TODOS OS DIAS....
DE QUALQUER FORMA MEUS PARABÉNS, À
ELA !!!!
bETINHO HIRTZ

Anônimo disse...

Parabens!! Aos dois, devo dizer!
E eu estava na feijoada.. mesmo que nao tivesse sido convidada eu iria de bico (sera que fui convidada mesmo??) Lembro de uma foto do Ademir com o prato de feijoada na mao..
Mas verdade seja dita, primo! Voce e mais ardido que pimenta! So mesmo a Nossa Senhora da Paciencia Oriental poderia e aguentar..

Mil beijos pros dois!
Cintia

Anônimo disse...

NOSSA... QUANTAS QUALIDADES VOCÊ TEM ZANFRA...HEHEHEHHEEH

É REALMENTE NÃO POSSO DESCORDAR DESTE POVO QUE A DONA MARY MERECI UM PRÊMIO E COMO DISSE A KEILA COM CERTEZA ELA TEM UMA VAGUINHA NO CÉU HEHEHE

DESEJO A VOCÊS TODA A FELICIDADE DO MUNDO ESPERO QUE ESSES ANOS SE REPITAM E TOMARÁ QUE EU TAMBÉM CHEGUE LÁ O DIA QUE EU CASAR HEHEHEH

DEPOIS PEDI PRA MARY ME PASSAR A RECEITA DA PACIÊNCIA, PORQUE AGUENTAR ESSES HOMENS NÃO É FÁCIL HEHEHHE

BEIJINHOSSSSSSSSS PRA VOCÊS

ANELIZE

Anônimo disse...

Caro Zanfra, parabéns pela data, mas para aguentar você 25 anos só mesmo uma gueixa, né?

abs

Unknown disse...

Oi Zanfra,
Semana passada, quando lançaram o o programa de tolerância zero, lembrei-me de você (acho que não foi por acaso).
O que dizer da tua ansiedade em comemorar os 25 anos de casado? O aniversário é só quarta mas a comemoração já está bombando na tua cabeça hoje. A tua esposa, ao invés de feijoada, tem que receber é um troféu (sabes porque).
O meu real desejo é de estar vivo para receber a notícia das tuas bodas de ouro. Parabéns pelo teu aniversário de casamento, parabéns pelas tuas filhas, parabéns por teres sido contemplado com uma esposa que já agüentou 25 anos do teu humor e finalmente parabéns por seres um dos poucos caras que eu conheço que que me faz entender o significado da palavras franqueza e autenticidade.
Um forte abraço do seu amigo Jacinto.

Fabiano Marques disse...

Parabéns pela família Zanfra!
E não estou aqui só por causa de uma provável feijoada ou porque você seja um velho rabujento.
O momento merece. E vc provou isso com o belo texto.

Anônimo disse...

Zanfra, você me impressiona cada vez mais. Tanto pela franqueza e trasparência quanto pelo auto conhecimeto:-) Gostaria de conhecer minha companheira mergulhadora e sua enorme paciência.
Abraços e felicidades ao casal.
Lílian

Anônimo disse...

Buenas...
Parabens ao casal né.
Senhor Zanfra e Dona Kawasaki...
A não é Mary...
Heheheh
Bom, todos falaram já.
Mas não dizem que polos opostos de atraem?
Pois então, pelas poucas vezes que conversei com a Dona Suzuki, ela me pareceu uma mulher muito calma e tranquila, então, assim os dois se completam, um nervoso demais e a outra muito calma pra compensar...
Estava aprendendo a engatinhar quando vôcês casaram, mas creio que foi marcante na vida de voces e dos familiares...
Como esta data também é marcante, afinal 25 anos hoje em dia, não é qualquer casamento que dura.
Felicidades.
Um abraço
André (noivo da Debora)

Anônimo disse...

Preciso URGENTE conhecer a Dona Mary!!!
Raro isso hoje em dia, muito raro. Parabéns ao casal, que dure mais vinte e cino e mais vinte e cinco...
Conviver não é fácil, requer muita paciência, amor, respeito. Bom, acho que vocês sabem né...Afinal tem 25 anos e eu apenas um ano e cinco meses. (risos)
André estava aprendendo a engatinhar e eu nem tinha nascido quando vocês se casaram.
Agora, feijoada é uma boa idéia. Estou pensando em algo assim tb ;)
Mais uma vez parabéns, paz e amor para o casal!
Aproveitando, quero fazer um pedido, meu e do André, pessoa que eu amo demais por sinal (aproveitando o clima de romantismo..risos)
Zanfra e Mary, gostariamos muito que aceitassem serem nossos padrinhos de casamento, com todo o coração! Para que daqui 25 anos, comemorem conosco e participem da nossa festa tb!

Abraços com carinho

(Noiva do André)

Anônimo disse...

Voces sao amigos e companheiros que nos orgulham muito te-los conhecido. Desejo aos dois muitas felicidades e uma uniao eterna, com muito amor, carinho e paixao.

Beijos luly

Anônimo disse...

Apesar dos meus conceitos de velhice também estarem sendo readequados, eu sei que estava lá na feijoada, mas confesso que não me lembro de nada.
Completar 25 anos de casados é cumprir com as próprias promessas, de uma amor eterno e incondicional e, acredite ou não, com as bençãos dos céus renovadas frequentememente.
Falando em bençãos, querem melhor exemplo do que essas duas "nunsei" aí?
Tia Nininha

Anônimo disse...

Tambem estive lá! Afinal fui a madrinha da heroína... Hoje também estou aqui! A feijoada de hoje está muito melhor que aquela, afinal é fresquinha. Esta de agora está adequadíssima as nossas idades, né? Com sal a menos, calorias de menos, afinal estamos na era light/diet. Estou curtindo como poucos esta comemoração, pois já revi até o album. Beijos, parabéns para vocês meus compadres e amigos eternos, e também para as minhas meninas.
Ana e família.